RELiEF.

Eu sempre achei que escrever bem era uma das minhas melhores qualidades, todos falavam de como eu conseguia expressar meus sentimentos/pensamentos com a escrita. Minha avó me elogiava,dizia ter orgulho de mim,minhas professoras de redação falavam que eu tinha grande potencial, era a sensação mais gratificante e verdadeira que eu pudia sentir.

Hoje, não vejo a situação como via antes.


Parece que a cada lado que olhe, alguém está lá: escrevendo, dando um show! E eu aqui, no conformismo de sempre,acreditando que tenho um dom magnífico, que não necessita de melhorias,nem de nada. Minha ilusão de que em alguma coisa eu era boa, foi por água abaixo, nem vontade de escrever tenho mais. Só quando estou muito triste e num impeto corro para o computador, na esperança que consiga tirar de mim tudo que me incomoda, machuca.

Pelo menos ainda tenho a escrita como uma válvula de escape. Sei que não irei longe, não publicarei livros ou escreverei para jornais e revistas, minha fase "wanna be Martha Medeiros" já passou, o sonho deu lugar para a realidade.


Já venho me sentindo assim faz pelo menos dois anos. Não sei porquê só agora fui desabafar.

Sede.

Eu tenho sede.
Muita sede.

Nas noites,algumas pessoas me chamam de esponjinha, mas o que fazer? Adoro beber,mas não com intuito de ficar bêbada, largada pelos cantos.Bebo por esporte! Aprecio desde cerveja à whisky, passando pela vodka e pela tequila, mas meu xodó mesmo é o martini.
Ele é suave, e ao mesmo tempo forte, meio doce, meio amargo, é uma bebida que é pura contradição. É chique, e não é caro, se adapta em qualquer ocasião, seja no inverno podendo ser tomado em temperatura ambiente,seja no verão, bem geladinho on the rocks. É o meu favorito,sem sobra de dúvidas.
Agora, um bom vinho faz meus olhos brilharem. Um cabernet ou merlot,seco, de preferência, acompanhado de uma lareira, uns queijinhos e uma companhia especial, não há coisa melhor. Claro que também aqueles vinhos de garrafão, bem baratinhos, têm seu charme.Além de serem econômicos, quando se está com um número grande de amigos, combinados com uma cachaça, e uma canelinha, sai um ótimo quentão.
Não dá pra menosprezar aquela bohemia,estupidamente gelada,num barzinho com uma galera e uma boa conversa. A tequila combinada com uma noite forte, o whisky (um Jack ou um Johnny) em qualquer ocasião. As misturinhas, seja senhor wilson, seja poção gummy, são ótimas sempre, quando bem feitas, claro. Uma vodka, com gelo, tem seu valor, assim como aquela caipirinha, na beira da praia. Aqueles drinks mais sofisiticados, como lagoa azul, sex on the beach e marguerita, são uma boa pedida, ocasionalmente.
Então, graças à minha sede e paixão pelas bebidas,fiquei especialista neste assunto, até porquê tenho sede de conhecimento também. Mas seja onde for e com quem for, uma bebidinha é indispensável.