Wednesday, November 28, 2007

Clichês baratos me perseguem,
Estereótipos exagerados me estressam.
A nova moda é a da filosofia de bancas de revistas.
Cabeças ocas, pensamentos aleatórios,
É impossível saber o que as pessoas pensam.
Os olhares não são sinceros, as palavras não são sutis,
Mas a gente tenta esquecer e continuar a viver.

Monday, November 19, 2007

heart broken, once again.

Perder a confiança em alguém é algo que eu não recomendaria a ninguém.
Quando enxergamos que aquela pessoa em que muito já confiamos nos traiu, a sensação é de que o mundo que conhecemos está desabando. Em uma fração de segundo a tua visão sobre as coisas muda, tu passas a analisar tudo que já passou até chegar a este momento, e começa a pensar o quão traída fostes. Será que foi apenas essa vez, apenas um relapso? Ou foi o tempo inteiro? Será que fui tão burra de nunca ter enxergado que havia algo errado?
E as questões não param por ai. Paras para pensar em tudo que confidenciastes ao outro, em toda a exposição indesejada e desconhecida que podes estar tendo, passas a sentir vergonha de si por ter sido tão ingênua. Há esta hora, quantas pessoas devem estar sabendo de seus segredos?
É foda brother, é foda.
Mas tudo bem, digamos que nenhum segredo foi escancarado ao público, mas que foram feitas fofocas sobre ti para outra pessoa, fofocas maldosas sem propósito algum a não ser o de causar constrangimento, desentendimento e tristeza. Como podes ficar bem, sabendo que alguém que já confiastes tanto foi capaz de ser tão duas caras? Capaz de estragar ou quase estragar a tua amizade com outra pessoa através de boatos infundados ou verdades distorcidas. Quem conta aumenta um conto, já dizia o ditado popular.
E o pior é que não sei lidar com isso. Não consigo ter raiva desse tipo de pessoa, sinto raiva de mim. Castigo-me por manter os olhos sempre fechados e viver mergulhada em meu mar de rosas imaginário, onde todos são corretos e verdadeiros. E mesmo depois de inúmeros tsunamis, eu ainda não aprendi. Não aprendi a deixar de romantizar tudo, como se estivesse num filme em que no final dá tudo certo e que num piscar de olhos encontramos amigos para a vida toda. Não aprendi a agir perante situações iguais a essa, não aprendi a ter desprezo por aquele que me dezpreza.
Às vezes eu gostaria de acreditar naquele clichê barato que sempre dizem nessas situações, ou em semelhantes, que quem está perdendo é a outra pessoa. Porque eu não acredito nisso? Porque? Porque?

To sentindo tanta raiva de mim nesse momento.
E dele, não sinto nada. Nem raiva, nem amor, nem perdão, nem mágoa. Sinto falta na verdade, falta daquela pessoa que talvez nunca tenha existido fora da minha cabeça, e do meu coração.

E como cantaria a Tati de Chiquititas: O me coração tem buraquinhos. (Mais uma vez!)

Proponho aqui, caro leitor que não existe, que façamos um mutirão destinado à construção de um hospital para almas perdidas, corações partidos e falta de personalidade e integridade.
Contate essa ingênua aspirante à escritora pelo endereço eletrônico: sonhadoraestúpida@fácildeenganar.com. (porque .com é mais chique.)