Monday, May 26, 2008

A pior incapacidade que alguém pode ter é a incapacidade de pedir ajuda. A pessoa que é tão envolvida com seu ego prefere sofrer à admitir que precisa de ajuda, então ela inventa desculpas tais como: "Não quero incomodar ninguém com meus míseros problemas", "Ah, é só tempestade em copo d'agua, logo passa" e "Ninguém entenderia mesmo".

Dar desculpas esfarrapadas que não enganam nem a si próprio quando se tem uma gama de amigos que prontamente poderiam ajudar, é estupidez.

No entanto, essa estupidez parece ficar impregnada na pessoa, e não sai de jeito nenhum.

Falo por experiência própria.

Sunday, May 18, 2008

obrigada, silêncio.

Saturday, May 10, 2008

A maquiagem borrada, os cílios postiços descolando. O maço de cigarros acabando, a garrafa de whisky pela metade. A meia calça, levemente desfiada na área das coxas, e com rasgos astronômicos nos joelhos prenuncia uma tragédia.
O que poderia ter acontecido de tão catastrófico a ponto de deixar a princesinha em ruínas? Seria uma unha quebrada, um brinco perdido, uma roupa rasgada? Será que o príncipe a deixara por uma menina mais glamourosa e bonita? Que catástrofe poderia ter se instalado no precioso castelo de cristal swarovski da princesa, a ponto de fazê-la deixar de lado seu jeito inocente e meigo e assumir certa vulgaridade? Porque o mundo estava de cabeça para baixo?

Friday, May 09, 2008

É muito difícil ser sincera. Especialmente consigo mesma.
A razão dessa dificuldade não é falta de caráter, muito menos falta de personalidade. É medo. Medo de se mostrar e não ser bem recebida ou de se permitir ser tão maravilhosa e não saber lidar com isso e, na pior das hipóteses, é falta de auto-estima e se considerar ruim em tudo, e achar que todo mundo é melhor. Resta então seguir o fluxo, não se destacar por ser melhor ou pior, e ser mediana. Fazer o que os outros fazem, e esquecer a originalidade. Parece absurdo, mas é tão comum quanto beber água, mijar e dormir. O contentamento descontente (perdoe-me pelo plágio senhor Luiz Vaz de Camões) é a resposta.
Há quem diga que não. Há quem diga que devemos ser o que somos, e foda-se o que os outros pensam. A esses demonstro minha admiração: quisera eu ser tão forte e convicta do que faço e como ajo perante o que acontece ao meu redor. Vocês, verdadeiros de coração, são fantásticos, mesmo.

Thursday, May 08, 2008

A sociedade é uma festa a fantasia onde todos escondem sua personalidade.
Inclusive eu, e tu.

Wednesday, May 07, 2008

O sexo não é mais tabu.

Há mais ou menos cinco décadas atrás, o sexo começou a deixar de ser mistério. Passou de assunto nunca mencionado em voz alta a tópico de discussão, foi transformando-se aos poucos até o dia em que largou a batina de vez. A partir daí, seguiu o caminho dos tijolos amarelos em direção ao estrelato.
Nos anos que antecederam a década de 1960, as pessoas viviam sob um padrão moral rígido, embasado em princípios que depreciavam tudo relacionado à sexualidade. O sexo não existia, era uma coisa à parte. Os homens aprendiam sobre na rua, com os mais experientes, as mulheres, aprendiam “um pouco” às vésperas do casamento, entretanto, tal aprendizado não era suficiente, assim sendo, eis que surgia a insatisfação sexual. A ignorância era confundida com inocência, e quem pagava o pato eram aqueles que sequer imaginavam o que realmente podia acontecer entre quatro paredes.
De acordo com este mesmo padrão, sexo pré-nupcial era inaceitável, a forte influência da igreja, nos padrões morais da sociedade tornava o sexo estritamente para procriação. As mulheres deveriam ser recatadas, não podiam demonstrar interesse por sexo, entretanto, era o papel delas como esposa, atender às necessidades do marido.
Com a chegada da década de 1960, acontecimentos como a criação da pílula anticoncepcional e os movimentos liberalistas deixaram a sociedade em polvorosa. Uma genuína revolução sexual estava prestes a começar, e iria deixar o mundo de pernas para o ar. Esta mesma revolução, que teve seu inicio na Europa, depois se espalhou aos quatro cantos da Terra, defendia que homens e mulheres podiam desfrutar de direitos iguais. O que importava, no momento, era a satisfação pessoal, a sensação do momento, sem necessidade de alguma ligação de sentimentos entre os parceiros, era o chamado “sexo livre”. Os jovens abandonavam seus hábitos conservadores e adotavam praticas não convencionais, chocavam seus pais e ancestrais, começavam a ditar uma inovadora cultura social.
De lá para cá o sexo virou o centro das atenções. A sexualidade, em sua forma mais crua e despida de sentimentos ganhou variações. Surgiram, ou pelo menos se tornaram públicos, os fetiches, as fantasias,e outros modos de se obter prazer a partir de métodos não convencionais. Hoje, existe uma indústria do sexo, as “sex shops” – lojas especializadas em roupas, preservativos e instrumentos para estimulação do prazer irreverentes – estão cada vez mais populares, as produções de cinema pornográfico são capazes de arrecadar bilhões de dólares ao ano. O sexo é uma instituição. É uma moeda de troca, um símbolo de poder, um instrumento de manipulação, um esporte. É indispensável e nem sempre a dois, podendo ser a três, quatro, cinco, etc.
Como disse Luis Fernando Veríssimo, a revolução sexual um dia será comemorada como a Revolução Francesa, com a invenção da pílula correspondendo à queda da Bastilha e o fim do sutiã ao fim da monarquia absoluta. Com certeza nossos antecedentes e seus padrões morais rígidos e absurdos estão revirando-se em seus túmulos, pois o que por tanto tempo lhes foi pregado como puro e inocente, como a celebração do amor entre duas pessoas, nos dias de hoje é um bom remédio para aliviar o stress.
Do jeito que as coisas estão, se o sexo ainda não dominou o mundo, está prestes. E quando isto acontecer, provavelmente num futuro, não tão distante assim, ele virará moeda nacional, e sendo assim, pagaremos uma dúzia de pães com uma “rapidinha”.

Monday, May 05, 2008

ão.

Tristeza, dor, decepção.
Angústia, mágoa, traição.
Como esquecer a solidão?
Como encarar a destruição?