Sunday, October 18, 2009

Hoje me sinto magoada, traída. Não, me sinto passada pra trás. Não, também não é isso. Aproveitada? Não é bem essa palavra, mas no momento não consigo achar a palavra definidora do objeto de um (a) aproveitador (a), mas é assim como me sinto. Já faz tempo na verdade, que isso vem acontecendo. A sindrome de Madre Teresa de Calcutá rola solta em mim, e toda vez que faço algo movida por isto, recebo pancada na cabeça. É um problema de ética, eu imagino. No colégio não gostava de colar, só de pensar ficava nervosa. Acreditava que se eu fosse prosperar, suceder, séria somente pelos meus meritos, mesmo que fosse em matérias como quimica, que sabia que não usaria após sair do colégio.
Me irrita sabe? Imaginar que eu vou ter o mesmo desempenho de alguém que vagabundiou o tempo inteiro, enquanto eu vi a vida passar na janela, o sol subir e descer. Será que eu sou ingênua? Se acreditar no bem das pessoas, confiar que farão o que é correto, moralmente correto, me qualifica como ingênua, então sou com todas as letras em caixa alta. É horrível, injusto e me dá vontade de chorar. Chorar para nao gritar de raiva, estourar com as pessoas e mandá - las com todo respeito tomar no cú. Chorar também por decepção.
É um situação avassaladora pra mim. No momento, tenho muito o que fazer, mas só o que consigo pensar é que eu quero chorar e chorar e chorar, e dormir por uns bons dias, na esperança de acordar com toda essa coisa ruim fora do meu sistema.