Friday, December 19, 2008

amor, ditados e clichês.

Aquela velha frase, conhecida por muitos e citada, em suas variações, por todos, “namorados vêm e vão, amigos permanecem” está sujeita a muitas interpretações, mesmo que as pessoas, em sua grande maioria, não enxergam isso. Claro que não existe uma interpretação correta que anule todas as outras, tudo depende do interpretador e do que ele pretende interpretar.
Veja bem, sempre acreditei que essa frase implicava que deveríamos sempre dar prioridade aos amigos, e não aos namorados, porque estes últimos podem nos deixar, enquanto os amigos permanecerão eternamente com a gente. Os amigos verdadeiros, claro. Mas essa interpretação, mesmo que seja a mais comum, hoje me parece um tanto radical. Digamos que eu vá seguir esta linha de pensamento, e eu tenha um namorado que não agrada meus amigos, e estes me aconselham a largá – lo, eu devo simplesmente acabar com a relação pela incerteza do tempo de permanência da pessoa em minha vida, e opinião dos meus amigos? Acho que esta atitude, além de precipitada, é o melhor exemplo do caminho aparentemente mais seguro que possamos seguir: o de se esconder atrás de desculpas com a finalidade de evitar uma possível desilusão.
Por muito tempo acreditei nesta interpretação acima, mas recentemente, passei a enxergar o infame ditado com outros olhos, mais seguros de si e corajosos. Odeio a expressão amigos verdadeiros, já utilizada acima, mas infelizmente no mundo em que vivemos hoje, somente a palavra amigo, não traz o mesmo sentido, enfim, amigos verdadeiros possuem contratos, redigidos pelo nosso sub – inconsciente, e firmado pelo mesmo. Nestes contratos, a mesma expressão utilizada em cerimônias matrimoniais “na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe”, está naquelas pequenas cláusulas, de corpo 5, das quais os mais afobados esquecem de ler, e os mais cuidadosos lêem minuciosamente. Ou seja, amigos estão ai para todas as ocasiões, inclusive as que possuem nuvens pretas pairando suas cabeças, o que me leva a interpretação a qual acredito agora, que se eu estiver em um relacionamento com uma pessoa da qual meus amigos não aprovam por acharem que irei me magoar, não devo terminá – La, se essa não for a minha vontade. É ai que se encontra o sentido de tudo, uma vez que partimos da premissa de que os amigos estarão contigo sempre, e que devemos arriscar, e perder, e se magoar, para então crescer.
Não é certo nos escondermos atrás das opiniões dos outros para não enxergarmos o possível medo que temos do desconhecido, assim como não é certo alguém utilizar – se do posto de amigo para, de certo modo, talvez não intencional, de manipular o outro. Se forem amigos mesmo, daqueles que poderíamos um dia chamar de família, darão suas opiniões e então calados ficarão, até o momento em que precisarem manifestar alegria pela felicidade ou simpatia pela dor alheia. Não é segredo algum que da prática se obtém experiência, e que amor incondicional e verídico suporta tempestades, tornados e terremotos.

Saturday, December 06, 2008

Amizades oportunistas são corriqueiras e devastadoras quando uma parte não conhece a verdade. Aposto que em algum lugar do mundo, diariamente, no mínimo uma pessoa descobre que a amizade tão verdadeira que achava ter, mostrou – se ser fruto do oportunismo de outra pessoa.
E descobrir isso, magoa.
E uma partezinha de ti simplesmente morre.