Wednesday, August 23, 2006

"Eu quero um amigo verdadeiro.
Não aquele que atenda o telefone quando tu tá se sentindo mal e fica falando contigo, mas aquele que ao ficar ciente da situação, corre pra te abraçar.
Não um que te diga o certo e o errado, mas um que saiba te ajudar, quando as coisas estão erradas.
Um que só de te olhar, ou ouvir tua voz, já saiba como agir, seja dando um abraço,seja te fazendo rir.
Eu queria um amigo que não se sentisse superior a mim.
Um que não me dissesse o que fazer, e sim me mostrasse como fazer.
Aquele que é amigo dos teus pais, do teu namorado, mas acima de tudo é TEU amigo.
Eu queria um amigo que fosse pra vida inteira, que eu pudesse convidá-lo para ser padrinho dos meus filhos, que estivesse no altar quando eu me casasse, e que chorasse quando um dia eu visse a falecer.
Um amigo que eu seria amiga da sua namorada ou esposa, e que frequentaria o mesmo círculo de amigos.
Não, eu não estou confundindo amigo com namorado coisa nenhuma.
Quando a gente tem um amigo,daqueles de verdade, não há intenção amorosa ou sexual.O amor de dois amigos é puro, livre de confusões sentimentais, imune ao mundo exterior, é ingênuo, e só não é mais verdadeiro que o amor de mãe.

Eu queria um amigo assim pra mim."

Thursday, August 17, 2006

Lagrimas e insights: uma combinação perigosa.

Hoje entrei num táxi rumo à minha casa e desabei chorando. Eu já tinha derramado algumas lágrimas, mas foi só ficar quieta e parcialmente sozinha (o taxista estava no taxi né!), que meu mundo veio abaixo (pelo menos foi o que eu senti.). Ainda não sei porque chorei, tentei até falar com um amigo, porém, as palavras que saiam da minha boca, não condiziam com o que eu estava sentindo, por mais que me esforçasse ao máximo para ser totalmente verdadeira. E como tenho a mania de analisar tudo que faço e que está ao meu redor, busquei no meu íntimo mais profundo um significado para o que estava acontecendo, tentei entender o porquê das lágrimas, de não conseguir falar,e foi como se eu tivesse visto uma folha em branco.

Até que tive um pequeno insight:

Eu sempre fui conhecida pelos meus amigos como aquela que está sempre pronta pra ajudar, a hora que for, que sabe exatamente o que falar e fazer, e hoje me senti incapacitada de realizar tal façanha. Talvez até tenha realizado, mas como eu me critico demais, e nunca estou feliz com o que faço, não senti que cumpri minha obrigação de amiga, se é que posso ser chamada assim. Eu tentei de tudo,e era como se a minha boca abrisse, as palavras saissem porém nao fizessem sentido algum, e isso me devastou demais, senti que poderia ter feito mais, mesmo não tendo mais o que se fazer.

Então, tive um segundo minimo insight:

Não conseguia falar o que eu estava sentindo,por ter medo de admitir o que realmente se passa dentro da minha cabeça e coração. É aquela velha história de que só vira verdade quando a gente fala alto e em bom tom sabem? E acho que ainda não tenho maturidade para encarar a verdade, pois uma vez que eu deixar transparecer, alguma providência terá de ser feita, e é disso que eu tenho medo. Odiaria descobrir que não sou forte ou madura tanto quanto acho ser, me arrasaria numa intensidade imensurável, irreparável.

Após todas constatações, chegar em casa e me deparar com uma situação extremamente inconveniente,resolvi deixar quieto. Se até hoje consegui pelo menos sobreviver ajudando os outros e me pondo de lado, o que são mais alguns meses ou anos, para realmente começar a viver?