Almejar coisas para o futuro é importante para qualquer um, mas até onde pode ser considerado um ato saudável? Aonde devemos impor um limite no desejo enfreado? E já que estamos neste assunto, até onde seria vantajoso para uma pessoa não desejar muito de sua vida? Qual seria o meio termo?
Por exemplo, eu quero mais do que tudo ser feliz, me casar, ter filhos, um trabalho satisfatório que me permita alguns luxos como viajar, morar em uma casa agradável, totalmente equipada com móveis e eletrodomésticos bonitos e funcionais, além de conforto, especialmente em uma sala de televisão, planejada para a exibição de muitos, muitos filmes. Porque eu também quero uma coleção invejável de filmes e livros, e muitos pôsteres nas paredes.
Mas isso tudo é hipotético, eu não faço idéia de qual trabalho falo quando penso no futuro, nem no número de filhos que vou ter, e acredito que ainda nem conheci a pessoa com quem virei a me casar. Ou seja, não são ambições, são sonhos. Totalmente diferentes de quem eu costumava ser, decidida a cursar direito e prestar concurso para a justiça federal, uma vez formada. Mas essa Laura do passado sumiu, não há mais nada dela a não ser memórias remotas sobre como costumava ser. Eu credito essa mudança à todas as pessoas que cruzaram o meu caminho, momentos difíceis pelos quais passei, e mais do que tudo, ao amadurecimento pessoal.
Posso não ser tão ambiciosa como antes. Posso parecer um pouco despreocupada com o futuro, mas é só porque tento viver o presente. Antigamente não restava tempo para realmente curtir o momento, eu sempre estava prevendo meu próximo passo, a fim de conquistar tudo que almejava. Hoje sei que não faço idéia do que acontecerá amanhã, e também sei deveria possuir um pouco mais de ambição, mas sabe de uma coisa? Eu sou feliz atualmente, mais do que nunca. E pra mim, isso que importa.
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