Eu queria que existisse “direção defensiva” pra vida. Assim como a auto – escola nos ensina a dirigir com cautela, para não causar acidentes, correndo o risco de machucar a si ou a outros, eu queria que me ensinassem a viver a vida defensivamente.
Num mundo perfeito as pessoas não se magoariam, não se decepcionariam, não sentiriam dor. Mas como estamos bem longe da perfeição, somos expostos a tais mazelas diariamente, o que além de cansativo, deixa cicatrizes internas profundas. Deveria existir um código de regras para evitarmos o convívio com pessoas duas caras que são dissimuladas o suficiente para convencer a todos de que são pessoas de bom coração. Ou então, já que a cada dia descobre-se o caminho para uma tecnologia nova e mais apurada, os brilhantes cientistas espalhados pelo imenso planeta Terra poderiam criar um tipo de sensor que alertaria às pessoas quando estão frente a uma situação decepcionante, ou alguém que pode te magoar.
Na verdade eu só queria parar de acreditar que todas as pessoas são de bem, até provarem o contrário, pode parecer que não, mas eu sou muito ingênua, pelo menos em relação ao caráter das pessoas. E eu não sou uma exceção, já magoei, causei dor, fui desonesta com quem não merecia. Mas eu sou humana porra! E como humana, tenho uma predisposição a cometer atitudes equivocadas, entretanto, nunca fiz nada proposital, como muita gente faz. Eu sou esquentada, eu brigo, berro, esperneio e faço drama demais, mas eu nunca machuquei alguém de propósito, pelo contrário, na maioria das vezes que as pessoas me magoam, eu acabo por sentir compaixão por elas, e perdoá –las, somente para agirem da mesma forma novamente. Acho que sou masoquista.
Bom, venho aqui propor um acordo: minha eterna gratidão, por uma forma de não me magoar mais. O amor ao próximo é tão necessário quanto respirar, pena que nem todo mundo reconheça isso.
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1 comment:
Cara, eu queria um sensor desses também. Foda nega véia, a gente se entende. Te amo bro!
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