Thursday, August 13, 2009

Sobre o tempo e clichês com um molho agridoce.

O tempo é uma coisa muito relativa. Podemos conhecer por décadas alguém ou uma cidade sem realmente conhecê- las ao mesmo tempo em que com apenas alguns meses podemos conhecer bem a fundo alguém ou algum lugar. E mais uma vez a Laura abusa de clichês para conseguir expressar o que se passa nessa cabeça deveras confusa e lotada de coisas. Mas se pensarmos que um clichê geralmente é um ditado e que este pode vir a ser originado de uma simples observação que é tão corriqueira que acaba sendo feita por muitas pessoas num pequeno espaço de tempo, tornando - se assim, repetitiva, não me parece haver muitos problemas no clichê em si. O detalhe é que hoje, automaticamente as pessoas ligam o uso do clichê à falta de criatividade e/ou vocabulário para expressar o que pensa. Mas assim como na língua inglesa existem expressões que não tem como traduzi - las para o português sem perder sua essência, o mesmo acontece em algumas situações em que a melhor forma de expressá - la verbalmente é na base do clichê. E aí estamos num beco sem saída, explicamos de uma forma inédita correndo o risco de que ninguém entenda nossa linha de pensamento, ou utilizamos as malditas frases feitas deixando abertura para sermos criticados em relação à nossa criatividade e objetividade (coisa que eu definitivamente não tenho ao escrever).
Se as pessoas não perdessem tanto tempo criticando os outros, talvez não perderíamos tanto tempo pensando numa abordagem verbal defensiva, que da mesma forma que na direção defensiva, nos protegerá dos motoristas/leitores/escritores/observadores imprudentes.

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